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O que é a libido e por que ela varia ao longo da vida
Da psicanálise a biologia, cientistas a estudam até hoje para entender os mistérios da sexualidade humana. Sabia o que ela significa e o que pode influenciá-la
Se você é brasileiro e tem pelo menos uma rede social (incluindo o WhatsApp), provavelmente conheceu a frase “oi, razão da minha libido”. É que ela foi dita pelo jogador Neymar a Najila Trindade, em conversas bastante íntimas por mensagens divulgadas em julho de 2019, em um caso que você provavelmente acompanhou. A frase viralizou e a pesquisa “o que é libido” se tornou o termo mais buscado no Google em 2019. Entenda, então, o que é a libido:
Desejo sexual
Libido é uma palavra que vem do latim e significa desejo ou anseio. Santo Agostinho foi o primeiro a distinguir os diferentes tipos de desejos (de conhecimento, sensual e de dominar). Atualmente, porém, é usada quase como sinônimo para desejo sexual.
Base hormonal e neurobiológica
Há uma relação direta entre a libido e a testosterona, o hormônio masculino. A oxitocina, considerada o “hormônio do amor e da felicidade”, também tem um papel importante no desejo sexual e no ato sexual em si — nos homens, ela ajuda a controlar a ereção do pênis. Finalmente, a dopamina pode mexer com a libido, sendo liberada durante a resposta sexual.
Vai e vem
Ao longo da vida, é natural haver aumentos e diminuições da libido. As causas para isso podem ser orgânicas, psicológicas, químicas ou mesmo uma combinação de diferentes motivos. Nas mulheres, por exemplo, ela é muito influenciada pelo ciclo menstrual e pode variar de acordo com a produção de testosterona, hormônio masculino. Há teorias de que no período fértil a mulher tem aumento na libido para estimular a procriação.
Tanto em homens quanto em mulheres, a libido pode diminuir por diferentes causas, entre elas transtornos mentais, como depressão e anorexia nervosa, ou doenças como cirrose e hipogonadismo. Alguns medicamentos, estresse, ansiedade e problemas na tireoide também podem prejudicar a libido.
Algumas doenças têm como sintoma pouco comum o aumento da libido, como a sífilis e a obsessão. Diferentes tipos de drogas também podem provocar picos de desejo sexual. E casos de aumento patológico da libido podem ser considerados vício em sexo, ou ninfomania.
Na psicanálise
A libido também foi tema de estudos de psiquiatras e psicanalistas. Na obra de Sigmund Freud, considerado o pai da psicanálise, por exemplo, o conceito tem um papel central. Na visão de Freud, ela não está relacionada somente com a sexualidade e começaria a ser desenvolvida na infância, em fases com diferentes características. Um distúrbio nesse desenvolvimento poderia levar a transtornos mentais, segundo Freud. Já Carl Gustav Jung considerava a libido toda a energia mental do homem, numa visão parecida com a dos orientais de chi ou prana.
Fonte: https://revistagalileu.globo.com
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