Atualmente, uma das doenças mais temidas no mundo é o zika, isso porque o vírus causador sofre mutações muito rapidamente, dando a ele o poder de resistir a vacinas e a outras armas da indústria farmacêutica. Felizmente, os pesquisadores da IBM acreditam que a tecnologia pode ajudar a combater efetivamente o zika e centenas de outros vírus, da gripe até o Ebola.
A IBM anunciou nesta quarta-feira (11) que identificou uma macromolécula (essencialmente uma construção química multifacetada) produzida do zero por um grupo de bioengenheiros e que pode ser capaz de acabar com muitos tipos de vírus resistentes às drogas. A molécula foi desenvolvida e testada pela IBM Research em conjunto com o Instituto de Bioengenharia e Nanotecnologia de Cingapura (IBN, na sigla original).
O pesquisador sênior da IBM Research, Hames Hedrick, responsável pelo experimento, afirmou que toda a tecnologia criada pela empresa pode ser transportada para o campo da medicina.
A nova macromolécula possui três armas para lutar contra os vírus:
* um componente dela utiliza laços eletrostáticos para se prender a ele e impedi-lo de infectar células saudáveis;
* um segundo componente neutraliza os níveis de acidez dentro da célula do vírus, tornando difícil para os vírus se multiplicarem;
* por último, a molécula contém um tipo de açúcar chamado manose, que pega células saudáveis no sistema imunológico e as leva para perto do vírus, para que eles possam ser combatidos mais efetivamente.
No laboratório, a molécula criada demonstrou eficiência contra vários tipos de vírus, incluindo o Ebola, dengue e herpes simples.
Os cientistas não observaram sinais de resistência, algo muito positivo, uma vez que a molécula foi criada especificamente para interromper o processo viral independentemente das mutações que o vírus possa sofrer com o tempo.
As equipes da IBM e do IBN publicaram os resultados da pesquisa na edição mais recente do jornal Macromolecules.
Fonte: Site Canal Tech - 12/05/2016