Em 2014, estatísticas do INCA estimou 188.020 novos casos no Brasil
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A SBD (Sociedade Brasileira de Dermatologia) promove pelo segundo ano consecutivo ações preventivas no “Dezembro Laranja” para alertar a população sobre os cuidados contra o câncer de pele. O Instituto Nacional do Câncer (Inca) estima que 188.020 novos casos da doença foram registrados no país em 2014.
“O brasileiro ainda toma poucas medidas preventivas para evitar a doença”, alerta Pedro Oliveira, diretor médico da ePharma, empresa líder no mercado de assistência de benefícios farmacêuticos. A SBD informa no seu site que o câncer de pele é o mais comum de todos os tipos de câncer e representa mais da metade dos diagnósticos da doença. “Medidas simples como o uso de protetor solar ou barreiras físicas, como chapéu ou boné, podem contribuir para a prevenção da doença”, diz Oliveira.
Segundo a SBD, o câncer melanoma tem letalidade elevada, mas com incidência básica. Pesquisa da instituição aponta redução no número de casos dessa doença entre 2013 (6.230 novos casos) e 2014 (5.890 novos registros). “O paciente deve estar atento para o aparecimento de pintas, eczemas ou outras lesões. O câncer de pele pode variar de forma e apenas um médico especializado, por meio de biópsia, pode diagnosticar a doença”, alerta o médico.
QUADRO
Tipos de Câncer de Pele segundo a Sociedade Brasileira de Dermatologia (SBD)
Carcinoma basocelular (CBC)
É o mais prevalente dentre todos os tipos de câncer. O CBC surge nas células basais, que se encontram na camada mais profunda da epiderme (a camada superior da pele). Tem baixa letalidade, e pode ser curado em caso de detecção precoce.
Os CBCs surgem mais frequentemente em regiões mais expostas ao sol, como face, orelhas, pescoço, couro cabeludo, ombros e costas. Podem se desenvolver também nas áreas não expostas, ainda que mais raramente. Em alguns casos, além da exposição ao sol, há outros fatores que desencadeiam o surgimento da doença.
Carcinoma espinocelular (CEC)
É o segundo mais prevalente dentre todos os tipos de câncer. Manifesta-se nas células escamosas, que constituem a maior parte das camadas superiores da pele. Pode se desenvolver em todas as partes do corpo, embora seja mais comum nas áreas expostas ao sol, como orelhas, rosto, couro cabeludo, pescoço etc. A pele nessas regiões normalmente apresenta sinais de dano solar, como enrugamento, mudanças na pigmentação e perda de elasticidade.
Melanoma
Tipo menos frequente dentre todos os cânceres da pele. O melanoma tem o pior prognóstico e o mais alto índice de mortalidade. Embora o diagnóstico de melanoma normalmente traga medo e apreensão aos pacientes, as chances de cura são de mais de 90%, quando há detecção precoce da doença.
O melanoma, em geral, tem a aparência de uma pinta ou de um sinal na pele, em tons acastanhados ou enegrecidos. Porém, quando se trata de melanoma, a “pinta” ou o “sinal” em geral mudam de cor, de formato ou de tamanho, e podem causar sangramento. Por isso, é importante observar a própria pele constantemente, e procurar imediatamente um dermatologista caso detecte qualquer lesão suspeita.
Aliás, mesmo sem nenhum sinal suspeito, uma visita ao dermatologista ao menos uma vez por ano deve ser feita. Essas lesões podem surgir em áreas difíceis de serem visualizadas pelo paciente. Além disso, uma lesão considerada “normal” para você, pode ser suspeita para o médico.
Em estágios iniciais, o melanoma se desenvolve apenas na camada mais superficial da pele, o que facilita a remoção cirúrgica e a cura do tumor. Nos estágios mais avançados, a lesão é mais profunda e espessa, o que aumenta a chance de metástase para outros órgãos e diminui as possibilidades de cura. Por isso, o diagnóstico precoce é fundamental. Casos de melanoma metastático, em geral, apresentam pior prognóstico e dispõem de um número reduzido de opções terapêuticas.
A hereditariedade desempenha um papel central no desenvolvimento do melanoma. Por isso, familiares de pacientes diagnosticados com a doença devem se submeter a exames preventivos regularmente. O risco aumenta quando há casos registrados em familiares de primeiro grau.
Fonte: Site Gazeta da Semana 09/12/2015