Portador de DST não tem cara.
O uso do preservativo é a melhor prevenção.
Qual é a cara de um portador de doença sexualmente transmissível? Jovem, homem, solteiro, tatuado? Grávida? Idosos? Bebês? O Bem Estar desta segunda-feira (14) mostrou que as DSTs não têm cara. Existem várias delas por ai, como HIV, HPV, sífilis, gonorreia, e todos nós corremos o risco de contrair uma. A prevenção é o segredo. Participaram do programa dois consultores para tirar dúvidas: o ginecologista José Bento e o infectologista Caio Rosenthal.
Quando os primeiros sintomas de uma DST aparecem muita gente não dá bola, acha que não é nada sério. Entretanto, uma simples febre ou manchinha vermelha na pele pode ser alerta da sífilis, por exemplo. A doença é causada pela bactéria treponema pallidum. No início, ela provoca uma infecção lesão genital.
A pessoa pode desenvolver febre, dores articulares, dor de cabeça, cansaço e manchas no corpo. A sífilis pode ficar encubada no organismo por 10, 20, até 30 anos.
“Essas lesões podem afetar o cérebro, o coração, a artéria aorta, pode provocar lesões nos ossos, pele, cartilagem. Não há parte do corpo que esteja totalmente livre da sífilis e o paciente pode desenvolver lesões tão graves que levam à morte”, alerta o infectologista Eduardo Campos.
A sífilis pode ser transmitida durante o sexo sem preservativo, por transfusão de sangue contaminado ou da mãe infectada para o bebê durante a gestação ou parto.
O número de mulheres grávidas contaminadas pela sífilis aumenta a cada ano. O último levantamento do Ministério da Saúde, em 2013, aponta que foram 21.382 casos diagnosticados. Entre essas mães, 13.705 passaram o vírus para os bebês. Para evitar o contágio, uma ação simples basta: usar o preservativo em toda relação sexual.
HPV
O vírus HPV se espalha silenciosamente entre a população, desde as primeiras relações sexuais. Ele é o principal causador do câncer de colo de útero – o segundo que mais mata no país, depois do câncer de mama. A solução para deter o HPV é a imunização, só que apenas a metade do número de meninas esperado tomou a vacina em 2015.
O HPV é transmitido pelo contato direto com a pele ou mucosas infectadas por meio de relação sexual. Pode ser transmitido também de mãe para filho no momento do parto. Tomar a vacina na adolescência é o primeiro de uma série de cuidados para prevenção do HPV. Além dela, outro cuidado essencial é o sexo com proteção, com camisinha.
O Ministério da Saúde orienta que mulheres na faixa etária dos 25 aos 64 anos façam o exame preventivo, o Papanicolau, a cada três anos, após dois exames anuais consecutivos negativos.
Fonte: Portal G1 - 15/09/2015