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Conheça o câncer de mama e seus mitos
Conhecendo a mama
Os seios femininos são constituídos, em sua maior parte, por tecido gorduroso e tecido conectivo.
As mamas possuem seções chamadas lobos, onde é produzido o leite materno. Os lobos são formados por uma rede de tubos finos, os ductos, que conduzem o leite até uma área mais escura da pele no meio da mama, a aréola. Ao se juntarem, esses tubos formam ductos maiores que terminam no mamilo, região na qual o leite torna-se disponível para o bebê.
Os seios da mulher raramente têm o mesmo formato e seu tamanho é definido pela quantidade de gordura presente na mama.
O tecido muscular encontra-se debaixo do tecido mamário, separando as mamas das costelas. Junto com o ligamento de Cooper, os músculos suportam o peso da mama.
O tecido mamário estende-se além da axila. As axilas contêm uma coleção de linfonodos (gânglios linfáticos) que fazem parte do sistema linfático, sistema responsável pelo combate às infecções do organismo. O oxigênio e os nutrientes são levados até as mamas pelo sangue através de uma rede de vasos sanguíneos e capilares.
O que é câncer de mama?
O câncer de mama, assim como todos os tipos de câncer, é uma doença resultante de uma disfunção celular.
Determinadas células de nosso corpo passam a crescer e a multiplicar-se desordenadamente, formando um tumor. Podemos dizer então que o câncer de mama é uma doença resultante da perda da capacidade das células de limitar e controlar seu próprio crescimento, passando a multiplicar-se rapidamente e sem controle.(3)
Em fase inicial, geralmente não causa dor. À medida que cresce, porém, o câncer pode causar algumas alterações. O câncer de mama está fortemente associado aos genes BRCA1 e BRCA2, que podem apresentar mutações hereditárias, aumentando o desenvolvimento da doença.(2)
No câncer de mama, as células comumente afetadas são aquelas que revestem os ductos mamários ou se encontram nos lóbulos das glândulas mamárias. Esses tumores são chamados carcinomas ductais ou lobulares. Outros tipos de câncer de mama, como os linfomas ou os sarcomas, são mais raros.
Existem os carcinomas não infiltrativos ou in situ (localizados) e os infiltrativos (invasivos). Os carcinomas não infiltrativos, que representam 30% dos casos, são tumores primários que não atingem outras regiões do corpo.
Já o tumor infiltrativo é capaz de produzir metástases, ou seja, é capaz de invadir as células sadias que estão à sua volta. Se essas células “infectadas” caírem na circulação sangüínea, podem chegar a outras partes do organismo. Elas invadem outras células sadias e originam novos tumores, espalhando o câncer para outros órgãos do corpo. Esse processo é chamado de metástase.
Mitos e verdades
Hoje em dia, a maioria das mulheres já sabe que desodorantes antitranspirantes ou sutiãs estruturados não causam câncer de mama.
No entanto, muitas outras crenças falsas circulam a respeito da doença. Conheça alguns mitos sobre a doença.
O câncer tem cura?
Verdade. Embora a medicina mencione que o tratamento deve ser individualizado e que cada paciente responde de maneira particular às terapias, o câncer é curável desde que diagnosticado precocemente e acompanhado corretamente.
A radiação emitida pela mamografia causa câncer?
Mito. A exposição a qualquer tipo de radiação está associada ao risco de câncer em geral, porém a quantidade de radiação de uma mamografia é relativamente pequena. A dose equivale aproximadamente ao que você absorveria de forma natural durante três meses. A mamografia continua sendo a melhor ferramenta para a detecção do câncer de mama.
O câncer é contagioso?
Mito. Mesmo o câncer causado por vírus não é contagioso, ou seja, não passa de uma pessoa para a outra por contágio como ocorre com resfriados, por exemplo.
A freqüência sexual interfere na ocorrência de câncer?
Mito. Especialistas afirmam que não há relação nenhuma entre a freqüência sexual e o surgimento de câncer. Cabe ressaltar que a atividade sexual não ajuda a proteger as mamas contra o câncer. O que pode protegê-las é a gravidez e a amamentação.
O câncer é um castigo?
Mito. O surgimento de qualquer tipo câncer está relacionado a inúmeras causas, entre elas maus hábitos alimentares, consumo exagerado de álcool, sedentarismo e, principalmente, o tabagismo.
Exames necessários
Alguns exames são muito importantes para manter a saúde de suas mamas. São eles:
Auto-exame: é realizado pela própria mulher. Deve ser feito por todas as mulheres aproximadamente sete dias após cada menstruação. Para aquelas que deixaram de menstruar, a recomendação é marcar uma data – por exemplo, todo dia 1º do mês – e fazer o auto-exame. O principal objetivo desse exame é propiciar o auto-conhecimento, ou seja, que as mulheres conheçam bem suas próprias mamas.(3)
Exame clínico: durante a consulta ginecológica, é obrigação do médico examinar a mama da paciente, verificando possíveis sinais e sintomas da doença. Segundo recomendações do Instituto Nacional do Câncer no Brasil, esse exame deve ser feito anualmente por um médico ou profissional de saúde treinado (enfermeira). Importante: o auto-exame não substitui o exame clínico.(4)
Mamografia: é o exame de imagem mais recomendado para o diagnóstico precoce do câncer de mama. É feito com o mamógrafo, um aparelho de raios X desenvolvido especialmente para esse fim. Nele, a mama é comprimida, o que permite obter melhores imagens, ampliando assim a capacidade de diagnóstico. Existe, sim, um desconforto (algumas mulheres relatam dor) durante o exame, mas deve ser tolerado. A mamografia permite a detecção precoce do câncer, por ser capaz de mostrar lesões em fase inicial – até mesmo pequenos tumores com milímetros. Todas as mulheres, a partir dos 40 anos de idade, devem realizar anualmente a mamografia.(3)
Ultra-sonografia: por meio da utilização de ondas de alta freqüência, a ultra-sonografia pode mostrar se o nódulo mamário é sólido ou se está preenchido com líquido. É um exame que complementa a mamografia.
Exames de rastreamento: são três os procedimentos básicos no rastreamento e no diagnóstico do câncer de mama. O exame citológico é feito por meio de uma punção aspirativa com agulha fina e pela citologia da descarga papilar. O exame histopatológico (biópsia) varia de acordo com a quantidade e a qualidade do tecido a ser estudado; pode-se fazer uma biópsia por aspiração com agulha (fina ou mais grossa, de acordo com o caso) por uma pequena cirurgia na qual se retira completamente a massa ou o nódulo para que possa ser estudado como um todo. A avaliação microscópica do material (anatomopatológico) é o exame que confirma se é câncer ou não.(5)
Prevenção e auto-cuidado
Câncer de mama em todas as idades
Até pouco tempo, acreditava-se que somente mulheres de idade avançada desenvolviam o câncer de mama. Hoje se sabe que essa já não é mais uma realidade.
O número de casos de câncer de mama em mulheres jovens tem crescido gradativamente por todo o mundo. Ainda não é possível identificar apenas uma causa para o aumento dos casos. Atualmente, no entanto, pode-se falar em cura para os casos de câncer de mama detectados de maneira precoce. Alguns cuidados são essenciais:
Conheça a aparência e a forma de suas mamas: é importante que você conheça a aparência e a forma das suas mamas para poder notar rapidamente qualquer alteração. Converse com seu médico imediatamente se perceber alguma alteração.
Aprenda a fazer o auto-exame: o auto-exame deve ser feito mensalmente. Se você menstrua, faça o exame uma semana após acabar o fluxo. Se você não tem mais menstruações, escolha um dia do mês – por exemplo, dia 10 – e faça o exame sempre nesse dia. Seu médico pode lhe ensinar como fazê-lo. Pergunte o que você deve observar e buscar. O principal objetivo do auto-exame é ajudar você conheça suas mamas.
Fazer anualmente o exame clínico das mamas: seu médico irá examinar suas mamas e axilas com o objetivo de diagnosticar alguma alteração. É importante lembrar que o auto-exame das mamas não substitui o exame clínico das mamas realizado por um médico ou um profissional de saúde treinado – uma enfermeira, por exemplo.
Pergunte ao seu médico quando você deve fazer a mamografia: a mamografia é como uma radiografia da mama e, em geral, deve ser realizada a partir dos 40 anos de idade.
Conheça a história de sua família e conte para seu médico se alguém já teve câncer de mama: se há casos de câncer na sua família, é muito provável que você deva fazer a mamografia antes de completar 40 anos. Existem alterações genéticas que aumentam a probabilidade de desenvolver câncer e que são transmitidas de uma geração para a outra. Os tumores considerados hereditários também podem ocorrer sem que haja histórico familiar; nesses casos, geralmente ocorrem em idade atípica (mulheres com menos de 40 anos).
Prevenção do câncer de mama:
a importância do auto-cuidadoPara manter suas mamas saudáveis, em primeiro lugar você precisa cuidar do corpo como um todo. Algumas dicas podem ajudar:
Mantenha uma alimentação balanceada, rica em fibras, frutas, verduras, cereais integrais e carnes magras.
Fique atenta ao seu peso.
Não consuma bebidas alcoólicas em excesso.
Não fume.
Pratique atividades físicas regularmente.
Cuide dos seus sentimentos: seja feliz!
Orientações para a saúde das suas mamas:
Realize o auto-exame das mamas mensalmente.
Consulte seu ginecologista anualmente.
Durante a consulta, ele deve realizar o exame clinico das suas mamas e solicitar alguns exames.
A mamografia deve ser realizada anualmente a partir dos 40 anos.
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